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Cronica: A AMIZADE, DURANTE A VIDA E QUEM SABE ATÉ DEPOIS DA MORTE

Por muito tempo busquei ser amado, por mais tempo acabei sofrendo e o tempo que restou passei amargurado e quando descobri que a unica pessoa que amei, não me amava, resolvi ferrar a vida dos demais, por que nada mais justo que todo mundo ser infeliz, já que eu assim era...
E hoje aqui estou, num leito de hospital, tendo como companhia o bipe do aparelho que diz se o pedaço de muculo ainda bombeia sangue sozinho. Neste quarto eu pude refletir toda a minha infeliz vida e nela encontrei uma época que não era infeliz, uma época que não tinha o amor de uma mulher, mas um amor de irmão, eu tinha um amigo que mesmo eu diariamente tentando ferrar com o mundo e com ele, lá ele estava todos os dias, para me levantar, quando alguém com meu coração ferrava. 

Desde que me tornei um sacana, por causa de uma mulher sacana ele sempre esteve do meu lado, logo comecei a perceber que não era com a mesma frequência que o via, então como bom amigo que eu era, contratei um investigador e ele descobriu o desgraçado saia com uma mulher, tinha que ajuda-lo a se livrar daquele incomodo, consegui faze-lo pensar que ela o traia e assim pro poço em que vivia, meu amigo eu arrastei, mas tempos depois ele descobriu e meu amigo perdi.

O único que em mim acreditou, eu trai e tentei impedir de ser feliz, por que eu era infeliz ele também tinha que ser? Na ultima vez que o vi, bem claro e irritado ele foi.
-Você é um infeliz, um filha da puta, você sabia que eu a amava, mas não por que uma garota te enganou você resolveu que ninguém ama e que ninguém pode ser feliz perto de você. nunca mais apareça na minha frente e com um belo de um direto ele no chão me deixou e nunca mais o vi...
Agora to sozinho aqui neste quarto de hospital, esperando a morte sozinho, este é o preço de afastar todos aqueles que se importam com você.
Olho em direção a porta, ali tem um homem de idade avançada, assim como a minha, já tinha muitas rugas quase nenhum cabelo, o que lhe restará era acinzentado, com a coluna arcada e o auxilo de uma bengala ele se arrastou até mim, já fazia muitos anos, mas eu podia reconhecer era meu amigo, aquele que eu magoei, veio me ver.
Chegando perto de mim o sorriso ele abriu, sua dentadura amarelada estava, mas era alegre e fazia mais efeito que a morfina que eu tomava. então ouço sua voz baixa dizer.
--To aqui meu amigo, vim te dizer que mesmo você sendo um idiota, sempre seremos amigos.
Só tive tempo de sorrir, o bipe sumiu, meu coração parou, hoje aqui no céu eu esperando que meu amigo venha se reunir comigo, pra gente poder mais uma vez rir de tudo que passou e acima de tudo pra mim agradecer por ele não desistir de mim mesmo que os motivos pra ele desistir eu tenha dado. 
Amizade acho que seja isto, é criar um amor tão forte quanto os de irmão e mesmo com o outro sendo um idiota você continuar ali, não por quer quer ganhar algo, mas por que quer dar algo.

Alisson Schneidet

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