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Após diversas "sacanagens" da SANEPAR Vereadores de Colombo convocam a empresa para dar esclarecimentos e resolver problemas


 A companhia atendeu ao convite feito pela CMC para responder alguns questionamentos dos vereadores colombenses. O encontro foi realizado no Plenário da Casa de Leis.

Na manhã desta última segunda-feira (30), representantes da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) estiveram reunidos com o Executivo e o Legislativo de Colombo para tratarem sobre temas diversos. O encontro foi presidido pelo Presidente da Comissão de Economia, Finanças e Orçamento, vereador Professor Roger (REPUBLICANOS) no plenário da Casa de Leis.

Entre os assuntos abordados e citados na reunião, que também contou com a presença do secretário municipal de Meio Ambiente, José Vicente de Lima e do representante da Secretaria Municipal de Saúde, Sidinei Godinho, alinharam informações, principalmente, sobre questões referentes ao saneamento básico, a suspensão das notificações de adequações das caixas de gordura para 18 litros durante a pandemia, extensão da rede de esgoto, Aquífero Karsten, adequação da rede mestre da Vila Zumbi e poluição do Rio Palmital.

A gerente regional da Companhia, Simone Alvarenga, fez uma apresentação sobre alguns detalhes do contrato para prestar os serviços públicos de água, coleta e tratamento de esgoto no município de Colombo. Apresentou alguns esclarecimentos sobre as metas estabelecidas no contrato de programa com o município e mostrou dados sobre investimentos já feitos pela companhia e dos que já estão previstos para o futuro.

Um dos assuntos em pauta foi a possibilidade de suspensão das notificações de adequações das caixas de gordura para 18 litros durante a pandemia. “Em 2018, quando assinamos o contrato com o município, ficou estabelecida uma meta que, até abril de 2022, a Sanepar precisa fazer 35.000 vistorias na bacia do Rio Palmital, até com o intuito de despoluição. Já foram feitas 23.000 vistorias e o item caixa de gordura é uma irregularidade mesmo. Sugiro que a Câmara encaminhe à Sanepar um pedido solicitando o mapeamento dessas vistorias que estão sendo feitas. Vamos analisar, mas como é um item previsto no contrato, a Sanepar não pode tomar uma decisão sozinha. Vamos ver com o nosso Jurídico para tentar fazer uma negociação. Não vejo problemas em estender o prazo para as adequações, mas suspender irá contrariar as normas técnicas, o Ministério Público e o contrato estabelecido com o município”, esclareceu a gerente regional da Diretoria Operacional da Sanepar, Simone Alvarenga.

Na longa pauta, foram tratados diversos assuntos referentes a saneamento, investimentos, melhorias e aumento da cobertura da rede de esgoto do município. Haja vista que existem vários bairros que necessitam de uma atenção especial e que essa rede possa dar uma melhor qualidade de vida para os munícipes. A gerente regional da companhia explanou sobre a estimativa de investimentos para o município de Colombo. “A Sanepar já investiu 94 milhões no sistema de água e 112 milhões no sistema de esgoto. O esgoto fica bem mais oneroso para ser instalado. Temos várias obras programadas para atingirmos a meta. Até 2033 queremos atingir 90%. Para isto, estão previstos em investimentos 220 milhões. As obras são complexas para a realização da ampliação da rede de esgoto. Cerca de 100 quilômetros de redes e coletores de esgoto estão sendo implantados aqui no município. Temos obras nas regiões do Parque Embu, Roça Grande, entre outras que vão atender vários moradores. A parte da Vila Zumbi já está consolidada. Isso eleva o atendimento para 73% da população de Colombo”, disse Alvarenga.

“A disposição adequada dos esgotos é essencial, pois a rede vai refletir em qualidade de vida e com a saúde das pessoas que são atendidas. Temos também que ampliar o atendimento para as famílias de baixa renda por meio da tarifa social, para que mais famílias sejam contempladas”, defendeu o vereador Anderson Prego (PT). Já os vereadores Sidinei Campos (DEM) e Osmair Possebam (REDE) destacaram a possibilidade de suspender as notificações de adequações das caixas de gordura para 18 litros durante o período da pandemia. “Queremos que as adequações sejam feitas, mas não nesse momento. Entendemos que elas são necessárias, mas muitas famílias colombenses sofrem com o desemprego e não tem condições atender o pedido da Sanepar”, enfatizaram.

Durante a reunião, os parlamentares colombenses fizeram vários questionamentos aos representantes da Sanepar e abordaram tratativas sobre o como a companhia tem feito a manutenção necessária dos serviços, problemas junto às empresas terceirizadas responsáveis por executar obras no município, em relação qualidade da água, reclamações de passagem de ar pelas tubulações nos rodízios e a transposição do Rio Capivari.

Na ocasião, também foram citados o repasse de recursos para o fundo municipal de meio ambiente, bem como o compromisso da companhia em atender aos parâmetros da legislação, com a preservação ambiental e com a saúde da população colombense.

O secretário municipal de Meio Ambiente, José Vicente de Lima, aproveitou a oportunidade para parabenizar o trabalho que vem sendo desempenhado pelo Legislativo colombense. “Quero agradecer a Simone por sempre estar disponível para discutir problemas e soluções. Também parabenizo os vereadores pelo diferencial que estão tendo em relação ao município de Colombo. Como é bom estarmos aqui para melhorarmos as condições de vida da nossa população. Ouvindo os depoimentos percebemos que temos ainda muitas coisas a serem feitas. É muito importante para a administração pública que o Executivo caminhe e trabalhe junto com o Legislativo para que as forças se unam. A Secretaria de Meio Ambiente sempre estará disponível para todos. Sobre a Tarifa Social precisamos de uma maior divulgação para que mais pessoas tenham acesso a esse serviço. É o nosso trabalho, em conjunto, que fará a diferença. Os trabalhos devem continuar sendo feitos mesmo com a pandemia”, salientou o secretário da pasta.

O vereador Professor Roger (REPUBLICANOS) agradeceu a vinda dos representantes da Sanepar e dos representantes do Poder Executivo na reunião agendada pelo Legislativo colombense. “Além de apresentar os nossos pedidos, pudemos discutir e obter maiores informações de como está sendo o trabalho realizado pela Sanepar na nossa cidade. A reunião buscou respostas à população Importantes temáticas foram abordadas e algumas dúvidas dirimidas. Os vereadores levantam, constantemente, inúmeros pontos sobre a atuação da Sanepar aqui no Plenário da Câmara. Achamos justo, então, realizar esta ponte e cobrar respostas. A reunião resultou em um contato produtivo. Agradecemos por teremos nos atendido prontamente e, principalmente, por nos ajudarem a dar um retorno efetivo aos munícipes que nos procuram”, declarou.

Também compareceram à reunião os vereadores Anderson Prego (PT), Cezinha Heua (PSL), Dolíria Strapasson (PSD), Ratinho Gotardo (PSD), Rodrigo Coradin (PTC), Pastor Carlinhos (PP), Evandro França (REPUBLICANOS), Sidinei Campos (DEM), Osmair Possebam (REDE), Professor Roger (REPUBLICANOS), Vital Cabelereiro (PTC), o diretor executivo da secretaria de Meio Ambiente, Willian Zanini e o secretário municipal de Comunicação Social, Onéias Ribeiro de Souza.

TARIFA SOCIAL – É uma tarifa residencial diferenciada para a população de baixa renda. O cadastramento terá validade de 24 meses, podendo ser renovado por igual período mediante comprovação documental e atendimento aos critérios. Em Colombo, cerca de 3.000 ligações com, aproximadamente, 10.000 pessoas sendo beneficiadas por esse programa. A Sanepar está ampliando esse programa e trabalhando em parceria com a Prefeitura Municipal de Colombo para que mais famílias colombenses tenham acesso a esse benefício. A companhia também está com o projeto Caixa d’Água Boa, em que famílias já atendidas pela Tarifa Social da Sanepar e inscritas no Cadastro Único do Governo Federal, mas que não possuem caixa d´água, recebam um kit de materiais (composto por base metálica galvanizada, caixa d’água de 500 litros, tubos, registros e conexões hidráulicas), com instalação gratuita. A Sanepar destacou que há estudos em andamento para reavaliar e ampliar o número de famílias contempladas.

CRISE HÍDRICA – A crise hídrica fez com que a Sanepar antecipasse obras nos sistemas de abastecimento para mitigar os efeitos da estiagem que afeta o Paraná há mais de um ano. Em Colombo, tiveram início as obras de transposição de água do Rio Capivari até a Barragem do Iraí, entre os municípios de Pinhais e Piraquara. Prevista para 2025, esta obra foi antecipada e incrementará 700 litros de água por segundo ao sistema de abastecimento integrado da RMC.

PRESENÇAS – Participaram da reunião, a gerente regional da Diretoria Operacional Curitiba Norte da Sanepar, Simone Alvarenga; o coordenador de Operações, Wellington Freire e o gerente comercial, Fábio de Lima.

Foto E TExto Silmara / CMC

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