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Saiba por que pular fases do relacionamento é prejudicial à saúde mental


De acordo com especialistas, nenhuma decisão importante, como morar juntos, noivar ou casar, deve ser feita antes do primeiro ano de namoro



A sabedoria popular prega que não se deve pular de cabeça nem apressar as fases de um relacionamento. A cantora Ariana Grande é uma das mais recentes provas de que a cautela faz sentido. Apenas um mês depois de começar a namorar com o ator Pete Davidson, ela disse que estava noiva. Mas a história não teve final feliz. Recentemente, diversos veículos internacionais afirmaram que o casal terminou o noivado, após apenas cinco meses de relacionamento. 

Segundo especialistas, relacionamentos muito apressados ou que pulam fases podem ser prejudiciais à saúde mental e até causar traumas que afetam uniões futuras. De acordo com Emily deAyala, diretora do Revive Therapy and Healing, uma clínica de psicologia nos Estados Unidos, em entrevista à revista Health, não se devem tomar decisões duradouras no início da relação, fase conhecida como “lua de mel”.

Isso acontece porque o início de uma relação costuma envolver emoções muito intensas, o que leva os casais a confundirem intensidade com intimidade. “A fase de lua de mel de um relacionamento, que normalmente dura de seis a dezoito meses, é geralmente muito intensa, o que leva muitas pessoas a pensarem que há mais intimidade do que realmente tem”, explicou Emily. 



Segundo a psicóloga, os neurotransmissores e hormônios liberados nos estágios iniciais de um relacionamento mascaram problemas que podem estar abaixo da superfície e, uma vez que essa liberação de substâncias volte ao estado normal, as divergências tendem a ficarem mais óbvias. Caso as questões não sejam problemáticas, é possível manter a relação, mas se as diferenças forem gritantes, acabará desencadeando discussões e brigas que, consequentemente, levarão ao término.
A fase da intimidade

De acordo com Emily, a verdadeira intimidade tem início após a fase de lua de mel. Se os casais são capazes de manter ou até mesmo aprofundar a conexão neste estágio, o “prazo de validade” do relacionamento pode ser estendido ou dispensado. Mas se os problemas são demais para o casal, a mudança pode trazer à tona o famoso “estou de saco cheio de você”, tornando o rompimento inevitável. Esse choque pode ser avassalador e afetar a saúde emocional.

“Com esses sentimentos positivos e intensos aparecendo tão rapidamente, é provável que, se não der certo, você também vai experimentar a intensidade de sentimentos negativos e terminar machucado”, alertou Rachel Needle, psicóloga e terapeuta sexual, à Health. Uma mistura de sensações intensas e opostas pode colocar as pessoas em uma espiral depressiva e prejudicar o próximo relacionamento, já que o medo de experimentar a mesma montanha-russa de emoções estará muito presente. Essa insegurança e receio de outro término minam a autoestima e prejudicam a saúde mental. 
Estabeleça limites

Felizmente, é possível superar todos os altos e baixos. Para Emilly, o fim de um relacionamento relâmpago pode ser a oportunidade perfeita para trabalhar em si mesmo e buscar soluções que consigam evitar um ciclo vicioso no futuro. A recomendação da especialista é que as pessoas saibam identificar o momento no qual estão prontas para começar a namorar novamente e estabeleçam limites, mesmo quando o cérebro estiver flutuando em hormônios e sensações turbulentas.



A empolgação inicial é comum, mas é necessário manter o controle e tentar conhecer bem o parceiro (ou parceira) ainda na fase de lua de mel. “Certifique-se de estabelecer limites, manter algum espaço pessoal e não planejar muitas atividades futuras logo no início. É fácil se deixar levar pela empolgação de planejar o futuro”, comentou Rachel.

Com Veja

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