Mayra Aguiar e Marcelo Melo
são os melhores atletas do Prêmio Brasil Olímpico 2017
Ippon e ace! A judoca Mayra Aguiar e o tenista Marcelo Melo foram eleitos os Melhores Atletas
do Ano de 2017 do Brasil! Os dois foram homenageados na cerimônia do Prêmio
Brasil Olímpico nesta quarta-feira, dia 28, no Rio de Janeiro. Organizada pelo
Comitê Olímpico do Brasil (COB), a festa de gala do esporte olímpico chegou à
sua 19ª edição premiando também 51 melhores atletas no ano em cada modalidade
esportiva, além de outras homenagens.
“O
Comitê Olímpico do Brasil tem especial orgulho de reunir nessa noite os maiores
expoentes dos esportes olímpicos no país. Premiar é reconhecer o mérito, e
vocês fizeram por merecer essa homenagem no Prêmio Brasil Olímpico”, disse o
presidente do COB, Paulo Wanderley. “O ano de 2017 foi de muitas mudanças no
esporte brasileiro. Um ano de readaptação à realidade do país e do próprio
esporte. As dificuldades foram imensas, mas juntos – COB, Confederações,
Ministério do Esporte, Forças Armadas, clubes, treinadores e atletas, conseguimos
superar os desafios e evoluir. O nível técnico alcançado no último ciclo
olímpico foi mantido. E seguiremos assim, baseados na meritocracia, austeridade
e transparência, até os Jogos Olímpicos Tóquio 2020”, disse o presidente.
A escolha dos vencedores do Troféu de Melhor
Atleta do Ano foi realizada por um júri formado por jornalistas, dirigentes,
ex-atletas e personalidades do esporte. Além dos vencedores, concorreram ao
troféu de melhor do ano Ana Marcela Cunha (maratona aquática) e Ana Sátila (canoagem
slalom), no feminino; e Caio Bonfim (atletismo) e Evandro/André (vôlei de
praia), no masculino.
Mayra
Aguiar fez história em 2017. O título do
Campeonato Mundial, em Budapeste (HUN), no mês de setembro,
a consagrou como a brasileira com mais medalhas na competição em todos os
tempos. A quinta medalha em Mundiais da carreira da gaúcha de 27 anos veio após
vitória sobre a japonesa Mami Umeki na final da categoria meio-pesado (-78kg).
O feito ainda a igualou a João Derly como bicampeã mundial. Ela já havia
conquistado o ouro em 2014. O currículo de Mayra traz ainda duas medalhas
olímpicas de bronze (Rio 2016 e Londres 2012).
“Estou
muito feliz por receber este prêmio. O início de 2017 foi muito conturbado.
Passei por minha quinta cirurgia, mas o judô ensina a cair e eu tive que parar.
Nada pior para um atleta do que parar de fazer o que ama. E se o judô ensina a
cair, também ensina a levantar. E eu me levantei com mais força ainda,
conquistando meu segundo título mundial”, disse Mayra Aguiar.
O
mineiro Marcelo Melo, de 34 anos, vem quebrando paradigmas no tênis brasileiro. Atuando ao lado do polonês Lukasz
Kubot, terminou a temporada 2017 como líder do ranking mundial de duplas.
Foram seis títulos ao longo do ano, sendo o mais importante o do tradicional
torneio de Wimbledon, jogado na grama. Também levantou os troféus dos
Masters 1000 de Paris, Miami e Madri. Em dezembro, em Londres, no ATP Finals,
torneio que reúne os melhores do ano, ficou com o vice-campeonato.
“O ano passado foi muito especial. Conquistar
o torneio de Wimbledon é um sonho para qualquer tenista, e eu terminei o ano
como o número um do mundo. Nós atletas temos muito orgulho de representar o
nosso país, e qualquer competição que você dispute, em qualquer lugar do mundo,
sempre tem um brasileiro. Agradeço ao COB e à CBT que me proporcionaram a
melhor estrutura possível”, disse Marcelo Melo, que se emocionou ao citar os
pais, que o ensinaram a jogar tênis.
O
Prêmio Brasil Olímpico 2017 também homenageou o Atleta da Torcida, após eleição
realizada no site do Comitê Olímpico do Brasil e nas redes sociais do Time
Brasil. Caio Bonfim, bronze
na Marcha Atlética no Mundial de Londres 2017, conquistou 46%
dos votos dos internautas. Concorreram ao prêmio Ana Marcela Cunha (maratona
aquática), Ana Sátila (canoagem slalom), André & Evandro (vôlei de praia),
Bruno Fratus (natação), Gabriel Medina (surfe), Letícia Bufoni (skate), Marcelo
Melo (tênis), Mayra Aguiar (judô) e Rebeca Andrade (ginástica artística), além
de Caio.
“Muito agradecido pelo prêmio. Estou muito
surpreso. Tive concorrentes de peso. Sou de um esporte individual, mas este
prêmio foi coletivo. Minha modalidade, a marcha atlética, sofre muito preconceito.
E hoje, um esporte tão discriminado conquista um título através de uma votação
popular. Estamos vencendo o preconceito”, afirmou Caio Bonfim.
Um
dos momentos mais emocionantes da cerimônia do Prêmio Brasil Olímpico foi a entrega do Troféu Adhemar
Ferreira da Silva, que celebra grandes nomes que representem os
valores positivos do esporte, ao velejador Lars Grael.
Dono de uma carreira exemplar, Lars é dono de duas medalhas olímpicas
- bronze em Seul 88 e Atlanta 96. Outro título de grande destaque na sua
carreira foi o Campeonato Mundial da classe Snipe, em 1983, em Portugal.
Entre os treinadores, o COB fez uma homenagem
especial ao técnico Bebeto de Freitas,
recém-falecido. E logo depois entregou pela quarta vez o troféu
de Melhor Técnico do Ano para
José Roberto Guimarães, da Seleção Feminina de Vôlei, que também exaltou o
treinador. “Bebeto foi meu mentor. Foi quem me deu a primeira oportunidade como
seu assistente técnico. Minha gratidão pelo que ele fez pelo vôlei e pelo
esporte do meu país”. Já nas modalidades individuais, uma inovação: pela
primeira vez dois técnicos foram homenageados de uma só vez pelo mesmo
trabalho. Mario Tsutsui, da Confederação Brasileira de Judô, e Antonio Carlos
Pereira, o Kiko, da Sociedade de Ginástica Porto Alegre (Sogipa), em
reconhecimento ao trabalho feito com a bicampeã mundial Mayra Aguiar.
O futuro do esporte brasileiro também teve
seu espaço na festa de gala. Os melhores atletas dos Jogos Escolares da
Juventude (12 a 14 anos) são Layane Miranda, do wrestling, e Joon Shin, do
tênis de mesa. Já na categoria entre 15 e 17 anos os vencedores são Amanda Kunkel,
do ciclismo, e André Luiz Souza, da natação.
O
Prêmio Brasil Olímpico homenageou ainda os 51 melhores atletas em cada
modalidade esportiva entre eles os melhores atletas dos novos esportes e
modalidades do Programa Olímpico para Tóquio 2020: Beisebol e Softbol, Escalada
Esportiva, Karatê, Surfe, Skate, Basquete 3x3 e Ciclismo BMX Freestyle
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